Mais do que moda!

TENDÊNCIAS

Por: Carmem Marinho

 Construir uma visão do futuro, esse é um dos desafios para a pessoa ou grupo que pesquisa, define e, ou, indica o que será ou não tendência para determinada estação. Saber o que será desejo do consumidor muitos meses antes do lançamento das coleções é uma responsabilidade grande, pois essas informações vão ser distribuídas para toda uma cadeia de moda, que vai desde a indústria Têxtil às vitrines de shoppings e envolvem grandes investimentos em criação, desenvolvimento, produção, divulgação e comercialização de produtos, que tem por “obrigação” se tornarem moda.

No entanto, podemos nos perguntar, se uma mesma tendência pode vir a se tornar moda em todo o mundo? É possível, em especial, porque ela é apenas indicativo e não produto final, e dependerá de como será trabalhada por criadores e marcas. Sabemos que o mundo está globalizado, mas sabemos também, que cada lugar guarda ainda suas peculiaridades climáticas, culturais e sociais e que estes direcionamentos, essas tendências, devem ser adaptáveis a realidades e públicos diversos e ao perfil da marca e do criador, que unirão os seus estilos àquelas informações comuns a todos da área.

 

Fotos: Desfiles da Cantão, Espaço Fashion e Totem – Outono/ inverno 2011

O Fashion Rio, evento que aconteceu na semana passada na Cidade Maravilhosa, retrata bem a diferença de direcionamento que a moda pode apresentar, mesmo que os pontos de partida, a estação do ano de referência e algumas tendências, sejam os mesmos. Esta edição da semana de moda carioca trouxe referências já visitadas no exterior, contudo, reformuladas, no geral, para a realidade do público-alvo das marcas locais. Por isso, o que vimos foi um inverno leve, confortável e, em alguns momentos, divertido, colorido e sexy.

 

Fotos: Desfiles da Cantão, Totem e Coca-Cola Clothing – Outono/ inverno 2011

Agora, por mais que as tendências sejam retratadas pela maioria da cadeia de Moda, não existe a certeza de que determinado shape, cor ou combinação, por exemplo, irá cair no gosto do público a que se destina e que se tornará moda. Podemos dizer que isso acontece exatamente pelas diferenças citadas acima, mas também pela grande individualização, marca da nossa contemporaneidade, que dificulta cada vez mais a identificação clara dos desejos dos diversos públicos.

 

Fotos: Desfiles da O Estúdio, Totem, Maria Bonita Extra e Teca – Outono/ inverno 2011

Fonte: GNT Fashion

Carmem Marinho é Relações Públicas, especialista em Cultura de Moda, Consultora de Imagem e professora de Design de Moda e Produção de Moda e Styling.

Um comentário

  1. Amei, o texto Carmem. Relamente, eu acho muito interessante como as mesmas tendências invadem o closet de mulheradas de diferentes culturas. E o olhar do criador tem que ser globalizado e de acordo com o lugar e as características do meio e do público-alvo. É muito interessante como tudo isto ainda agrada pessoas tão dciferentes.

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