Por Arlindo Grund
Com esse movimento migratório que o mundo vive, as interferências e culturas parecem se entrelaçar. A mistura e a influência das mais diversas culturas que chegam a países diferentes estão, inclusive, inspirando a moda. Mas, acima de tudo, o conforto continua sendo a mola propulsora da indústria.
Para o desfile da UMA por Raquel Davidowicz o conceito sob seu olhar de culturas miscigenadas se transforma em belas roupas e combinações. Os imigrantes recebidos no Brasil são um exemplo de como é possível absorver aqueles que foram forçados a sair de seu país de origem e assimilar e misturar culturas. A assimetria apareceu com dobras, barras inacabadas, o que trouxe modernidade ao visual.
A cartela de cores combinada entre si também trouxe muita elegância à apresentação. O esportivo também traz o viés da moda, que parece nortear as coleções desde a primeira década do ano 2000. As maxi camisas, os tops e cardigans assimétricos, os vestidos transpassados, as tiras exageradas, o tricot diferenciado, os casacos com botões contrastantes, as jaquetas acolchoadas, os cardigans em patchwork mais alongados, os maxi bolsos em calças esportivas utilitárias arremataram uma apresentação cheia de sentimento e emoção.
Fotos: Divulgação/ Zé Takahashi / Agência Fotosite