Xoxar o desfile da marca Jefferson Kulig no SP Fashion Week é o mesmo que ir armado para a guerra. Não espere que do nada o estilista apareça com uma coleção comercial, que você usaria no minuto seguinte à apresentação. Ele sempre foi assim, uma incógnita no line up. E sempre será, ao que tudo indica. Nesta noite não foi diferente. Jefferson está na pegada sustentável. Criou a coleção Ecolabel = questão de futuro. As roupas são bem tecnológicas, segundo o próprio, feitas com tecnologias enzimáticas (processo 100% natural). Assimetrias, retalhos, ombros em evidência, zíper aparente sintetizam vestidos curtos e longos, jaquetas, calças de alfaiataria e camisetas com movimento restrito – as modelos mal conseguiam andar com as saias compridas. De longe, parecia roupa de boneca, daquelas compradas na mercearia do bairro. Toque metálico de dourados e cobre quebram a opacidade do branco, rosa, azul, preto, marrom. Além da saia longa, o tamanco também não parecia confortável, com uma espécie de meia de lycra embutida (lembrava calçado ortopédico), já que fez as modelos deslizarem pela passarela. Não tente entender!