Por Arlindo Grund.
O desfile de Maria Grazia Chiuri para Dior começa cheio de burburinhos e questionamentos acerca da direção criativa da marca. Enquanto isso, a estilista faz o que de melhor a representa: uma coleção arrebatadora. Por vários motivos!
Foi quase como assistir a uma peça teatral. Cenário, um roteiro bem claro e, óbvio, as roupas como foco principal. Uma clara referência a uma mulher forte e que gosta de misturar peças que tem toques retrô com um contemporaneidade, seja ela no tecido ou na modelagem. A gola tem, aqui, um papel fundamental com clara referência à era vitoriana. Além das gargantilhas com o mesmo efeito. As produções pareciam carregar a mesma intenção dos acessórios. Mas, aqui, peças icônicas como o redingote, parkas e camisetas, chegaram para dar um frescor atemporal ao visual. E, porque não, depois de tudo isso uma volta de moto num conjunto pra lá de ousado.
No fim é sobre a excelência naquilo que se planeja e faz. Peças bem pesadas incluindo aí a sua execução; até mesmo a camiseta criada em outro tempos por John Galliano estava lá, reeditada!
Imagens: Divulgação. Daniele Oberrauch/Gorunway.com.