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PFW Inverno 2020 :: O marajá da Givenchy

Por Arlindo Grund

O desfile masculino da coleção verão 2020 da Givenchy trouxe uma inspiração pra lá de histórica. O Marajá de Indore, em meados dos anos 30, com seu nome tão pomposo quanto suas roupas, foi tema de uma exposição em Paris. Daí, a diretora criativa da casa, Clare Waight Keller, resolveu transformar essa essência multicultural que ele tinha na época e as transformou em roupas. O desfile foi carregado de informação e exageros. A mistura de estilos reflete as diversas cidades que o Marajá Yeshwant Rao Holkar II morou e passou. O resultado é surpreendente. Os bordados trazem o ar exagerado e o brilho tão usado por ele. Os acessórios, especificamente os alfinetes de segurança em tamanhos grandes com muitos pingentes, arrematavam peças clássicas e, ao mesmo tempo, deslocavam a modelagem de outras, lembravam as sobreposições de tecidos feitas pelos indianos. O dândi contemporâneo aparece muito ousado e descompromissado. Bem à frente de seu tempo, ele usa botas para todas as composições: da jaqueta urbana ao tricô mais aconchegante, do costume ao colete – peça que ganha destaque nesta temporada -, tudo bem diferente do que víamos como proposta de moda masculina. Os exageros também vêm nas formas e na quantidade de tecidos para fazer uma peça. Roupas masculinas com feitio de alta-costura. Um desfile que se iguala à categoria da Undercover comentado no post anterior.

PFW Inverno 2020 :: O marajá da Givenchy
PFW Inverno 2020 :: O marajá da Givenchy
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PFW Inverno 2020 :: O marajá da Givenchy
PFW Inverno 2020 :: O marajá da Givenchy

Imagens: Reprodução. Alessandro Lucioni/Gorunway.com.

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