Mais do que moda!

Papo de mulher!

Por Thaylline Sanqueta

Você já ouviu falar no coletor menstrual? O assunto ainda é tabu, inclusive entre médicos. Mas quem usa garante que o produto é confortável, econômico, ecologicamente correto e com baixo risco de infecção. Hoje vou falar sobre os coletores menstruais. Minha intenção não é expor uma intimidade feminina, mas sim trazer informação sobre uma novidade que promete revolucionar esses dias tão incômodos do mundo feminino.

Historicamente o absorvente feminino passou por várias modificações. Dizem que na Grécia antiga as mulheres chegaram a usar um pedaço de madeira envolto por um paninho, que era introduzido na vagina. No início do século XX eram utilizadas toalhas e fraldas e só depois surgiram os absorventes que conhecemos hoje, que, por sua vez, foram evoluindo para absorventes com abas, com aroma e revolucionando – até o surgimento do coletor menstrual.

O coletor menstrual é um copinho de silicone em forma de cálice, hipoalergênico e antibacteriano, ajustável ao corpo e que coleta o sangue da menstruação. Diferente do absorvente interno, que é inserido ao fundo do canal vaginal, o coletor fica na entrada. O coletor menstrual é uma tecnologia íntima bastante conhecida na Europa há mais de 80 anos e que vem ganhando cada vez mais adeptos no Brasil.

Papo de mulher!

Papo de mulher!

Também conhecido como copo menstrual, ao ser introduzido no canal vaginal, forma um vácuo, que impede a entrada de ar, evitando vazamento e mau odor – já que o sangue menstrual só produz cheiro quando entra em contato com o ar. Isso permite que as mulheres possam finalmente dar adeus aos absorventes ou a qualquer tipo de tampão íntimo durante o período menstrual.

O copinho também é conhecido por ser ecologicamente correto, uma vez que durante a vida, uma mulher usa, em média, mais de 10 mil absorventes, seja ele externo ou interno. O externo leva 100 anos para se degradar na natureza, enquanto o interno leva até um ano. Já o coletor menstrual não é descartável, podendo ser usado durante 4 a 10 anos, dependendo do cuidado dispensado ao produto. Ou seja, o copo é reutilizável durante todo período menstrual, só precisa ser lavado a cada 12 horas – mesmo para quem tem o fluxo forte – e ainda pode ser usado no próximo ciclo. A higienização do coletor é feita de maneira bem simples, lavando apenas com água. No final do ciclo menstrual, o produto deve ser lavado com água fervente e, em seguida, guardado em local limpo.

O copo menstrual possibilita a livre movimentação e a prática de atividades físicas (inclusive natação) sem incômodos ou vazamentos. Também vale lembrar que alguns absorventes externos fazem uso de componentes perfumados – para evitar o mau cheiro – que podem trazer irritação para o órgão genital. Ou seja, as mulheres que têm alergia aos componentes dos absorventes externos ou internos não correm o mesmo risco com este novo método, já que o coletor é feito somente de silicone medicinal.

As mulheres que tendem a ter infecções vaginais com frequência não precisam se preocupar com o coletor. Este tipo de problema costuma se agravar com o uso dos absorventes internos, que absorvem o sangue, mas continuam mantendo-o em contato com a pele, aumentando o risco de infecções. Já os coletores, apesar de também serem internos, não absorvem o sangue, que passa a ficar em contato com o recipiente e não com a pele. Sendo assim, o risco de infecção é bem baixo e seu uso recomendado por diversos ginecologistas.

No Brasil, os preços variam R$ 85 e R$ 155, mas é difícil encontrá-lo em farmácias. Porém, algumas empresas vendem pela internet. O tamanho varia. Existem marcas que oferecem até quatro tamanhos de coletor menstrual, mas a maioria vende apenas dois tamanhos: um para a mulher que já teve filhos e o outro para as que não tiveram. Se for colocado corretamente, não corre risco de o sangue vazar, a menos que a mulher tenha um fluxo muito intenso.

Não existem contraindicações, mas não é aconselhável para mulheres que nunca tiveram relações sexuais, pois ao colocar ou retirar o coletor, o hímen pode se romper. É imprudente também nos primeiros dias após dar à luz.

Uma pesquisa realizada pela Fine Marketing, encomendada pela marca brasileira líder no mercado de coletores menstruais, apontou que 83% das mulheres entrevistadas aprovaram o produto e aderiram ao hábito.

Quero muito saber a sua opinião! Já tinha ouvido falar no produto? O que achou? Usaria?

Mande sua opinião lá no meu insta @thaysanqueta e no meu blog.

Beijinhos!!!

Thay

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