Mais do que moda!

O que vestimos é um discurso

Por Letícia Santana

Eu acredito que o que visto e o que você veste é um texto poderoso. E bota poderoso nisso! Sempre bato nessa tecla e defendo este discurso com unhas e dentes, pois a moda é, sim, quase a nossa segunda língua. Ao abrir o armário para escolher o meu santo look do dia, a pergunta que vem à minha mente é: “o que eu quero dizer hoje?”. Porém, preciso respeitar a fase que estou vivendo e, de forma alguma, querer pular o momento. Tenho 15 anos, ou seja, estou na adolescência. Portanto, devo me vestir como tal.

Uma coisa que ando observando é como algumas meninas parecem ser muito mais velhas do que realmente são. O rosto pueril até pode continuar lá, mas escondido atrás de roupas que em nada condizem com o seu RG. Não estou dizendo que devemos obedecer um dresscode condizente de cada idade, até porque ele não existe. Mas, devemos concordar que doses de bom senso não fazem mal a ninguém, né? Querer queimar etapas não dá! Sabe aquele papo de “tudo tem a idade certa para acontecer”? Então, ele até pode já está batido, mas é um fato.

O que vestimos é um discurso

O que vestimos é um discurso

O que vestimos é um discurso

O que vestimos é um discurso

Entendo que tanto a infância, quanto a adolescência, são processos de ‘vir a ser’. Não sabemos ao certo quem somos e ainda estamos formando a nossa identidade. E durante esse tempo de construção de nós mesmos, acabamos entrando em uma (falha) tentativa de nos encaixarmos. Mas o que não sabíamos antes de entrar nesse caminho é que não adianta a gente lutar contra si mesmo para agradar os outros. O efeito acaba sendo o inverso: encontramos estranhamento e uma profunda bifurcação entre o que somos, o que queremos ser e o que os outros pensam que somos. O nosso eu interior para de conversar com o nosso eu exterior e, dessa falta de diálogo, nasce uma folha branca, cujo texto deixamos de escrever.

É um pouco triste ver como algumas meninas abdicam de todo o frescor da idade em detrimento da moda vigente. E essa obediência deixa as pessoas padronizadas e envelhecidas. A roupa é a matéria-prima do nosso estilo e, por isso, temos que uni-lá à nossa essência para construirmos uma imagem exterior que conversa com o que somos por dentro. É sempre bom lembrar que a moda não dita. Ela apresenta, dá luz, sugere. E sugestões podem ser aceitas, adaptadas ou descartadas.

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Fotos: Reprodução/Borboleta Vintage.

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