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Nova cultura de consumo de moda

Por Letícia Santana

Nova cultura de consumo de moda

Uma nova cultura de consumo vem se desenvolvendo. Marcas lançam cartilhas, outras se posicionam e ainda há aquelas que deixam de existir, pois não se adaptaram à nova ordem mundial. Essa transição está acontecendo de forma clara, é impossível fechar os olhos para as mudanças de tal cenário.

O varejo está sendo atingido por uma transformação de cunho socioeconômico. J.Crew vem tendo prejuízos contínuos, JCPenney vai fechar 138 lojas, Macy’s fechará 68, Kate Spade procura por um comprador para injeção de capital, American Apparel está fazendo uma reestruturação geral, Neiman Marcus tem uma dívida bilionária, BCBG Max Azria entrou com pedido de falência… Ufa! Esses são só alguns de muitos casos de marcas que fazem a moda girar em crise. Ver essas gigantes nessas situações é alarmante, impacta diretamente na economia e até na cultura, afinal shopping também é entretenimento.

As mais diversas marcas estão procurando soluções e caminhos para se reposicionar no mercado em busca de uma nova chance. Além das crises generalizadas, os e-commerces vem se multiplicando e, consequentemente, prejudicando as lojas físicas. Não é a toa que o modelo de atendimento e função como um todo vem sendo repensado. Mais do que nunca, as lojas físicas precisam proporcionar uma experiência ao seu cliente, ter um atendimento especial e se tornarem verdadeiras flagships.

É um movimento global que vai além de uma adaptação ao digital. A moda está operando de maneira acelerada e a profusão de informações que somos acometidos diariamente mudou a forma que a consumimos. É hora de frear. Dar força ao movimento slow fashion.

A geração Millennial se interessa, cada vez mais, pelo processo de produção, questões ambientais e condições de trabalho. Portanto, as marcas precisam ser transparentes em relação às suas práticas de negócio. E não para por aí! É necessário, também, contar uma história através do produto. A loja californiana Reformation, por exemplo, é um case de sucesso no mercado de moda sustentável, reformando roupas de brechó em peças super modernas.

Em tempos de transição, as marcas precisam se atentar à qualidade e ao propósito. Em tempos de fast fashion, é necessário sensibilidade para educar o consumidor. Moda não pode ser fugaz e, muito menos, estar além do compasso necessário.

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Foto: Reprodução/ Borboleta Vintage.

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