Mais do que moda!

Na intimidade

Roupa de baixo, lingerie, underwear, calcinha-e-sutiã, roupa íntima. Já parou para pensar como essas peças (essenciais!) do vestuário feminino evoluíram com o passar dos anos? Não foi só o nome que mudou.

Mulheres em 1950, Lady Gaga em 2010

Uma coisa é certa, desde que a roupa íntima começou a ser usada pelas mulheres, acredita-se que no Egito, houve uma preocupação de não apenas proteger as partes íntimas, e sim vestir algo que pudesse ser coberto mas que talvez  também viesse a ser revelado.

No começo do século, por volta de 1900, foi quando o que conhecemos hoje como sutiã foi criado. Mary Phelps Jacob foi a responsável por essa mudança. Ela acreditava que os corsets (até então usados como peça intima essencial) restringiam os movimentos na dança, e resolveu criar algo que deixa-se as mulheres mais a vontade para dançar a noite inteira.

Mesmo as mulheres que ainda eram adeptas dos corsets, começaram a usar sutiãs por baixo, já que os corsets não costumavam ser lavados.

Já em 1920, a androginia estava em alta, logo as mulheres passaram a procurar uma forma mais reta em seu corpo, e ao invés de sutiãs que acentuassem seus seios, preferiam modelos que apertassem as curvas. Mas isso logo mudou, e em 1935, as curvas femininas voltaram a ser reveladas.

Peças como camisolas eram comumente usadas por baixo das roupas, e só foram dispensadas a partir do meio do século.

Nos anos 60, o que em épocas foi símbolo do poder feminino e da sensualidade começou a ser visto como opressivo e objeto de submissão aos homens, e a famosa  “queima de sutiãs” feminista tomou conta. Hippies e mulheres a favor do feminismo se recusavam a usar peças que Segundo elas “transformavam o corpo da mulher a favor do gosto masculino”.

Por sorte, a partir dos anos 80, a situação mudou completamente. E a moda que conhecemos hoje como “underwear as outwear” (ou em português “roupa de baixo como roupa de cima”) começou a dar as caras. A imagem de Madonna usando seu sutiã de metal Gaultier representa bem essa época. Rendas, tules e alças eram revelados.

De lá para cá, anos mais anos menos, a moda de revelar o que antes era velado continua em alta, para o desgosto dos puritanos.

E a pergunta que fica é: será que o mistério e o prazer da descoberta do que está por baixo acabou?

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