Por Letícia Santana
O mundo é movimento e, a cada dia, a vida é mais movimento. Essa grande dinâmica vem refletindo em todos os aspectos imagináveis do nosso viver. Por exemplo, uma imagem ou texto já não contentam mais ao leitor. Ele quer o audiovisual, quer vídeo, quer foto em animação e quer tudo que se tem direito em megapixels e, de preferência, em HD. Por mais que a moda tenha tentado ignorar as imagens em movimento (que não fossem de desfiles), não dá mais para escapar, é necessário inovar.
Moda em movimento
O vídeo tem uma tremenda importância para a comunicação dos conceitos da marca, é como um recurso que dá verdade às histórias que querem contar através da coleção e, claro, é uma ótima técnica marketeira para atrair novos públicos. Muitas grifes vem investindo no chamado fashion film, que funciona como um complemento ao clássico lookbook. E o investimento está pesado, viu? Grandes marcas vem contratando nomes fortíssimos da indústria cinematográfica para produzir os tais vídeos. Esse fluxo já rendeu excelentes fashion films e dignos de muitas palmas, mas já outros…
Nesse constante desespero de se adequar à linguagem dos novos tempos, algumas marcas de luxo se perdem totalmente e entram em uma tentativa incessante de achar coolness onde não tem. Fazer um fashion film é uma tarefa difícil: a história tem que conversar com a fotografia, a linguagem, os diálogos, o styling, as roupas, a beleza… É necessário criar um contexto coerente, que faça sentido, se conecte e se torne desejável para o público consumidor.
Moda em movimento
A palavra inovação assusta. Soa como algo tecnologicamente sofisticado, como uma entidade desprovida de humanidade. Mas inovar pode ser algo mais sutil. Está no olhar, mais que na matéria, está no efeito, muito mais que no aspecto. Talvez o grande passo para inovar nesses novos tempos que jamais permanecem os mesmos seja buscar outras formas de nos aproximar de nossa essência. Simplificar processos, limpar a mente e incluir o caminho como parte do resultado. Inovar na moda é olhar para o que a faz existir: nossos sonhos, afetos e nossa identidade.
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