Por Arlindo Grund.
A Diesel coloriu a semana de moda de Milão. Para a temporada inverno 2025, o diretor criativo Glenn Martins trouxe o que ele chama de inovação – e realmente é. O jeans é tratado como um objeto precioso que pode ser transformado ao ponto de sair do óbvio e ficar quase irreconhecível.
Parece que esse também é um dos pilares do criador. Desde a tonalidade do tecido até o que de fato o estilista consegue fazer. O que vimos aqui foi uma verdadeira experiência de moda recheada de detalhes que nem sempre despertam uma saudade imensa. A cintura baixa é um ponto em questão. Vem dos anos 2000, mais como referência de tempo. Não acredito muito em sua volta extrema.
A coleção tinha texturas, estampas e o que mais chamou atenção: modelagens que estavam cheias de estudos e cálculos para ter um perfeito encaixe. Como sua inspiração explícita foi um conto em cima de Coco Chanel, nada mais coerente do que trazer elementos que remetessem à estilista.
Um detalhe impactante: a passarela. Ela foi criada com um tecido que veio de várias localidades. O resultado, que parece uma grafitagem trouxe uma junção de culturas e desejos de alunos de escolas de arte ao redor do mundo, arrematou uma apresentação que empolgou.






Imagens: Divulgação. Filippo Fior/Gorunway.com.