Por Adriana Porto, do Rio de Janeiro.
Agora, os setores de moda e preservação de museus também terão incentivo fiscal através da Lei Rouanet, que institui políticas públicas para a cultura nacional, permitindo deduzir patrocínios à cultura do imposto de renda. A criação das novas categorias foi publicada essa semana no “Diário Oficial da União”, com assinatura da ministra Ana de Hollanda. Antes, não era fácil aprovar propostas desses gêneros na Lei, a exemplo disso é o estilista Ronaldo Fraga que tentou aprovar o projeto “Velho Chico” em 2008 e não conseguiu, pois o Ministério da Cultura não entendia a moda como manifestação cultural. Em 2010, o estilista tentou mais uma vez e conseguiu o incentivo fiscal, desde que o projeto não tivesse nada relacionado à moda. “Tive que tirar as palavras ‘estilista’ e ‘coleção’.”, diz Ronaldo.
A partir disso, o MinC criou um conselho para o setor, com Jum Nakao, Paulo Borges e o próprio Ronaldo Fraga como membros. O intuito é aprovar projetos em sintonia com memória, pesquisa, tecnologia e formação de profissionais na moda. Obrigada, Ronaldo. A moda e cultura brasileiras agradecem.