Costanza Pascolato disse recentemente em uma entrevista para Lilian Pacce: “adoro a Lady Gaga porque ela é a representação da imagem, mais do que da própria música”. Concordo com Costanza. E se meu objetivo neste site é fazer o link entre música e moda toda semana, não poderia estrear com ninguém menos do que Lady Gaga – apesar de todo o hype e de todas as mil matérias que você já leu sobre ela. Afinal, hoje, ela é o maior ícone desses dois mundos que casaram para sempre.
Modamúsicamoda. Não tem divisão, nem espaço. É o casal mais feliz, mais harmonioso e mais bem-sucedido da história da cultura pop. E da cultura rock. E da cultura clássica. E da cultura fashion. E você já entendeu. Enfim, Gaguita tem conseguido fazer algo que pouquíssimos antes fizeram com tanta competência: ser tão interessante de ver quanto de ouvir. Antes de Gaga, com esse impacto transformador, talvez só David Bowie e Madonna.
Sabe qual é o grande encanto da Lady Gaga? Ela não quer ser sexy. Ela usa uma coroa emaranhada emoldurando o rosto, cobre a cara com uma teia vermelha, encontra a rainha da Inglaterra com os olhos pintados de roxo, enfeita a cabeça com um laço feito de cabelo, usa tanta maquiagem que discute-se a possilidade (infundada) de que seja um travesti. Delícia ver alguém que não se importa em ser esquisita, até mesmo feia, em nome de um look arrasador. Tanto que todos os estilistas mais bombados da atualidade já criaram para ela. McQueen, Viktor e Rolf, Giorgio Armani, Calvin Klein, Christian Louboutin, ufa.
Lady Gaga vai ser lembrada, pode ter certeza. Porque transformou o mundo da música? Improvável. Porque transformou a maneira com que os fãs de música dessa geração vêem o mundo da moda, isso sim.
*Se liga que na semana que vem vou falar sobre o Bon Jovi, que vem para o Brasil em outubro e tem uma história de transformação superdivertida dentro do mundo da moda.
**Fotos: reprodução.