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Highlights da Paris Fashion Week

Por Letícia Santana

E se encerra mais uma semana de moda! Depois de Nova York, Londres e Milão, a temporada Spring 2019 Ready-to-Wear fez a sua última parada em Paris. Durante a última semana, do dia 25 de setembro a 03 de outubro, a Paris Fashion Week apresentou as coleções das principais marcas. De maisons tradicionais a labels em busca de likes, a semana de moda ficou sob todos os holofotes. Confira os highlights:

Highlights da Paris Fashion Week

O desfile da Celine era um dos mais aguardados da temporada. A estreia de Hedi Slimane na direção criativa e o início de uma nova era, com uma logo mudada e sem o acento no nome, já estava dando o que falar desde que a marca apagou todas as suas fotos no Instagram. “Você não entra em uma marca para imitar o seu antecessor. A minha meta é começar um novo capítulo. Você tem que ser você mesmo”, afirmou Hedi ao jornal Le Figaro, uma semana antes do desfile, já deixando claro que a mudança não seria pouca. E não foi. Depois de 10 anos sob direção criativa de Phoebe Phillo, a Celine fez uma coleção que de Celine só tinha a etiqueta. Na passarela, uma estética dark, super jovem, cheia de referências do cenário musical e com um pé no heroin chic. Basicamente, a imagem apresentada é uma versão mais polida e sofisticada do que Slimane já estava fazendo na Saint Laurent e que, por sinal, estava vendendo muitíssimo bem. Uma Celine para os millennials.

Highlights da Paris Fashion Week

Já a Dior apresentou a sua coleção sob uma chuva de pétalas de rosas e ao lado de dançarinos contorcionistas. Inspirado na dança contemporânea, o desfile da maison francesa abordou a relação da dança com o corpo e a liberdade: “Eu queria falar sobre dança com um ponto de vista diferente. Acho que essa arte e a moda são muito próximas, pois ambas falam sobre o corpo”, contou Maria Grazia Chiuri à Vogue US. A diretora criativa revisitou a já conhecida relação da marca com a dança, tendo um excelente material de referências como ponto de partida, e desconstruiu o sentimento conservador que Christian mantinha com o corpo feminino. Na passarela, “a heroína da dança”, como a própria Dior definiu, vestia apenas tons neutros e peças que traziam bastante movimento. Apesar de ser uma coleção saudosista, a apresentação não conseguiu trazer a tona o sentimento que poderia ter sido despertado de uma forma tão renovada.

Highlights da Paris Fashion Week

Já a Balenciaga de saudosista não tinha nada. Em uma apresentação futurística, que abusou da tecnologia, a passarela se transformou em um túnel de telas curvas com imagens rolando 360º, uma parceria impressionante com o artista Jon Rafman. A ideia original era dar a impressão de estar por dentro da mente digital de alguém, assim, a coleção apresentada é real, identificável e presente. Com a sua visão pragmática da moda, Demna Gvasalia pensa em suas peças como maneiras de solucionar problemas do guarda-roupa contemporâneo. Dentre as suas buscas por formas de se vestir mais modernas, fáceis e dinâmicas, o diretor criativo produziu algumas peças de alfaiataria apresentadas no desfile a partir de um molde 3D, resultando em uma estética quadrada e com ombros marcados. Uma moda real que propõe renovações, garantindo likes mas também dialogando com os interessados pela vida offline.

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Fotos: Reprodução.

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