Por Lelê Santhana
A era digital vem transformando profundamente a forma de consumir, impactando todas as cadeias e mostrando que não tem jogo ganho nem mesmo para os então detentores da indústria. Prova disso são as gigantes da fast fashion, como Forever 21 e Zara, enfrentando grandes crises, tendo que correr contra o tempo para se adaptar ao novo momento e se reestruturar no mercado sem mais prejuízos.
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A Forever 21, por exemplo, segundo o Wall Street Journal, pode estar com os seus dias contados. A companhia acaba de contratar consultores que tem como desafio reerguer as operações da empresa e conseguir um financiamento para que os seus estoques sejam reabastecidos. De acordo com a publicação, a rede californiana precisaria de US$150 milhões para que essa missão fosse efetivada.
Para a Forever chegar nesse estágio alarmante, as estratégias equivocadas começaram a se dar desde o início da transformação digital. Enquanto todas as outras marcas se preocupavam em diminuir os espaços físicos e se dedicavam à presença e posicionamento online, a rede de varejo focava todos os seus esforços em ocupar os espaços vazios dos shoppings, pagando aluguéis caríssimos. Assim, o número de lojas cresceu, porém sem nenhum planejamento, prejudicando a qualidade das peças vendidas e do atendimento.
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Já a Zara está vivendo uma crise menos crítica do que a da Forever 21, porém também bastante preocupante. Nos últimos anos, a rede espanhola cresceu menos que o esperado, servindo como um sinal amarelo para que ações sejam tomadas antes que a situação piore. Uma das estratégias que e empresa está apostando é o lançamento de e-commerces em mais países.
No Brasil, por exemplo, a loja online chegou no mês de março. A praticidade e conforto proporcionada conquista principalmente o público jovem, clientela que prefere ir à loja física apenas quando experiências além do consumo são oferecidas.
Outra medida adotada pela fast fashion é a preocupação com o meio-ambiente. Em tempos em que a sustentabilidade é uma cobrança constante por parte do público, redes de varejo que já cometeram crimes ambientais buscam mudar as suas imagens perante os consumidores. Pensando nisso, a Zara anunciou um pacote de providências que fará com que todas as suas coleções sejam inteiramente sustentáveis até 2025. Entre os cuidados tomados, estará o uso de energia renovável em 80% dos estabelecimentos da empresa.
Agora, cada medida tomada por parte das redes de varejo, independentemente da instância ou setor, é uma questão de sobrevivência. Manter a relevância nunca foi tão desafiador e complexo. Salve-se quem puder.
Instagram: @lelesanthana