Por Arlindo Grund e Lari Mariano
Numa narrativa diferente da obra, desta vez, a leitura de Tieta do Agreste feita por Airon Martin para a Misci não é sobre voltar, é algo que nunca deixou de ser.
É ode a uma mulher que exala luz — numa coleção que não separa a dicotomia entre o sagrado e a sensualidade, tão simplesmente porque a celebra com maestria.
Das estampas que contam — e contém — histórias, lugares e caminhos, trajetórias que evoluem, como os tecidos que desenham, ao traço da sustentabilidade, recortes estratégicos que sabem abraçar o fluido do movimento.
Nada é fora do lugar porque tudo pertence. Dos amarelos solares aos vermelhos de quase paixão ou aos tons que ressaltam o chão que se pisa. Do Agreste à vida — como um roteiro extremamente bem escrito e materializado, do qual Betty Faria segue a protagonizar um desfecho histórico.
Luz para quem precisa iluminar seu próprio ser.










Fotos: Marcos The Creator.