Por Paulo Ricardo
O thriller policial polonês que acaba de entrar no catálogo da Netflix é conservador na forma e liberal no conteúdo.
Ambientado na Polônia comunista dos anos 80, a trama do filme é centrada em Robert; jovem idealista oficial da polícia de Varsóvia, filho de um oficial da alta patente da Polícia Secreta (que está sempre pronto a mexer seus pauzinhos em favor do filho) e prestes a casar com uma colega de trabalho. Robert vê seu mundo desabar ao ser designado para uma investigação de um assassinato que envolve a comunidade homossexual, comunidade essa que já sofre uma perseguição sistêmica e um dos tentáculos desta perseguição é a Operação Jacinto (Jacinto é o nome do amante de Apolo e também o título original do filme) em que os homossexuais eram catalogados e obrigado a assinar uma Carta de Homossexualidade.
Robert mergulha no mundo gay polonês na tentativa de solucionar os mistérios que envolvem o crime, e essa é uma viagem na qual ele não voltará a mesma pessoa. Sua primeira parada é no banheiro público da cidade, onde o clima de pegação rola solto. Na saída ele esbarra com Arek, é um daqueles encontros fortuitos que tem o dom de mudar vidas. No mesmo instante acontece uma batida policial no local e Arek e Robert fogem pelas ruas e becos na noite de Varsóvia. Nasce uma amizade entre o policial e um possível informante para o caso. Mas, seria Arek apenas O informante na vida de Robert? Onde aquele encontro levaria os dois rapazes? Robert irá se perder pra se encontrar, faz parte do jogo.
Um filme empolgante e lindamente fotografado. Vale demais conferir!
Fotos: Reprodução.