Por Anna Lee, de Los Angeles
A curiosidade em torno do mundo das drag queens (em especial da maquiagem) aumentou muito após o sucesso de reality shows como “RuPaul’s Drag Race”. E recentemente eu tive a oportunidade de conversar com uma drag durante uma de minhas aulas de maquiagem de cinema aqui em Los Angeles para saber mais sobre essa realidade e os truques de make por trás dessa linha.
Minha entrevistada de cara já contou que além das pessoas estarem curiosas a respeito desse universo, grande parte delas também quer aprender alguns truques de maquiagem com as drags – ainda mais com as mudanças de estética que esse segmento está passando ao longo do tempo. Vou explicar: é que a maquiagem clássica das drag queens é conhecida pelos olhos, contornos do nariz, da bochecha e dos lábios bem marcados, além das sobrancelhas apagadas e redesenhadas a fim de conseguir um resultado mais expressivo (inclusive algumas fazem essa alteração com a Morticia Wax, uma cera usada em necrotérios para reconstituir a pele de falecidos. Bizarro!). Mas ultimamente as drags também vem se dividindo entre a classe chamada por elas de “mulherzinha”: as que procuram parecer o mais femininas possível de forma natural, apelando inclusive para cirurgias plásticas (a maior tendência entre elas por aqui é apostar nos contornos estilo Kim Kardashian, sabia?).
E o bacana é que esse movimento não se restringe só a esses dois estilos: Conchita Wurst, personagem drag do cantor Tom Neuwirth, está comandando uma nova onda de performers que buscam investir em maquiagem femininas, sexy e bonitas sem tirar a barba. Será que pega? A realidade é que as drags têm muito a ensinar sobre maquiagem e sem dúvida vale ficar de olho nelas para conseguir inspirações de make.
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RuPaul segue a linha feminina ao lado da estética Camp, mais teatral; já Conchita é a responsável pela explosão do movimento de drags barbadas.
Imagens: Reprodução;