Casa de Criadores :: O 1º dia do Projeto LAB

O primeiro dia da Casa de Criadores contou com os desfiles dos participantes do Projeto LAB – uma seleção de novos talentos da moda brasileira que complementa o line-up fixo do evento. Gralias, Igor Dadona, Gustavo Carvalho e Gefferson Vila Nova subiram à passarela na abertura do evento para mostrar suas coleções de primavera-verão 2014, cujos detalhes você confere abaixo!

Gralias
Grazi Cavalcanti e Julia Guglielmetti, estilistas por trás da Gralias, foram um dos destaque do LAB com a coleção inspirada em uma ilha imaginária criada a partir de referências do bairro do Bixiga, em SP. Nessa ilha tudo é aproveitado: pingentes de cortina viram colares e camisetas se transformam em vestidos a partir do olhar apurado da dupla, que coordenou as cores com maestria e manteve uma base de figurino teatral que não foge à realidade.

 

 

 

Igor Dadona
Responsável por coleções masculinas que são queridinhas entre o público mais fashion, Igor buscou desconstruir o amor em peças de alfaiataria em preto, branco e cinza. As calças texturizadas dividem a passarela com modelos justíssimos enquanto que os casacos prezam pela assimetria, com amarrações e detalhes de pregas. Um tanto dark para um sentimento tão lindo? Não para Igor: segundo ele, essa é uma coleção dedicada a todos os amores não correspondidos na vida dele. Recado entregue!

 

Gustavo Carvalho
O carioca radicado em SP inspirou-se no trabalho do artista Amilcar de Castro, cujas esculturas e cores primárias aparecem traduzidas em pregas, detalhes estruturados e estampas geométricas. A sensualidade de recortes e transparências vem ao lado do romantismo das saias pregueadas que apostam em uma mulher prática e real. Os macacões, ponto forte da coleção, aparecem em dois momentos: um extremamente feminino, com salto e decotão; o outro, mais tomboy quando combinado com tênis baixo. Será que vem masculino por aí?

 

Gefferson Vila Nova
Gefferson bateu de frente com o Punk ao mostrar sua coleção batizada “Punks from Paradise” em referência ao movimento e aos pássaros tropicais. O estilista ousou ao misturar duas temáticas tão distantes que, quando explicadas por ele, parece que até fazem sentido juntas: “busquei traduzir a dualidade de gênero proposta pelo movimento Punk em roupas assimétricas que brincam de adivinhar se quem está por baixo é homem ou mulher, assim como o sexo dos pássaros”. Na passarela, o resultado pendeu muito mais para uma mistura interessante de tecidos com direito a estampa de animal e plantas tropicais arrematando a coleção com ares 80s. Entendeu?

 

Imagens: Divulgação.