Mais do que moda!

A exposição do MET 2018

Por Letícia Santana

Anualmente, a primeira segunda-feira de maio é agitada pelo baile do MET (The Metropolitan Museum of Art) em Nova York. O famoso evento, hoje comandado por Anna Wintour, acontece desde 1946 para promover a mais nova exposição do The Costume Institute. Neste ano, o museu colocou em pauta o imaginário católico na moda com a chamada “Heavenly Bodies: Fashion and the Catholic Imagination”, que abriu as portas para o público na última quinta (10) e fica até o dia 08 de outubro.

A exposição do MET 2018

Com curadoria de Andrew Bolton, a mostra marca a primeira vez que determinadas vestes papais serão vistas fora do Vaticano. Entre as 40 peças emprestadas, está uma tiara com 18.000 diamantes usada pelo Papa Benedito em 1600. “Eu nunca pensei que crescer como católico teria um impacto nos meus impulsos criativos. Ostensivamente, a exposição é sobre o imaginário católico, mas fundamentalmente, é sobre criatividade e o que instiga a criatividade. Neste caso em particular, é a religião”, contou Andrew em entrevista à Vogue.

A exposição do MET 2018

Além das peças vindas diretamente do País do papa, criações de Gianni Versace, Coco Chanel, Jean Paul Gaultier, Pierpaolo Piccioli e de outros importantes designers também marcam presença. As 180 peças expostas são responsáveis por criar um diálogo surpreendente com as obras de arte religiosas, chamando atenção pela semelhança entre as peças papais e as da alta-costura. O encontro dramático entre a moda, a arte medieval e o catolicismo te transportam para a narrativa proposta, com direito a luzes e músicas de fundo.

A exposição do MET 2018

O tema, que foi considerado o mais polêmico nestes mais de 70 anos do baile, é explicado pelo curador: “Alguns podem considerar a moda como um meio impróprio ou inconveniente para se envolver com ideias sobre o sagrado ou o divino, mas o vestuário é fundamental para qualquer discussão sobre religião. Ele afirma lealdades religiosas e, por extensão, afirma as diferenças religiosas”. “De certa forma, é uma série de intervenções, forjando diálogos entre a moda e a arte religiosa dentro do contexto de um museu”, finalizou.

Mais em Borboleta Vintage.
Instagram: @borboletavintage

 

Fotos: Reprodução.

Deixe uma resposta