Por Arlindo Grund e @larimariano.
Já diria a voz inconfundível de Milton Nascimento: “sonhos não envelhecem”. Para Ronaldo Fraga, nunca. E, diante deste renascer repleto de poesia com alma exposta e emotiva, é impossível dizer que não se refaçam sob as cores das Minas Gerais que foram cenário para tantas canções – e, aqui, são roupas de bordar eternidade: até os cenários de azuis, laranjas, marrons e do ouro desta terra são poética de tecer o que se leva do peito adiante.
Tudo é puro. Intenso. Os trens bordados pelas estradas, o sol a se pôr no horizonte, o azul do céu, o minério. Não é possível encontrar qualquer palavra que não tenha sido dita aqui, ainda que jamais se precise dizer.
É imperioso que a moda se borde à poesia verdadeira tanto quanto possa. Que cante e conte o que vê, o que é, o que veste e quem. É muito sobre alma. Sobre o eterno emocionar-se pela força.
Que, em Minas-Nascimento, a gente aprenda o que é de essência, como nos diria o próprio Milton: “há que se cuidar do broto pra que a vida nos dê flor e fruto”. Que haja espaço para florescer e frutificar tudo o que este caminho da moda queira ainda significar de muito em si mesmo.
E a locação, o Museu da Língua Portuguesa, parecia ter sido criada para o evento. Vá ao museu porque lá as histórias estão eternizadas.














Fotos @fabricioalabarcefotografia.