Mais do que moda!

SPFW N59 :: Para a ALUF, o lúdico se sente

Por Arlindo Grund e Lari Mariano

Daquele sentir que se pode tocar mesmo com os olhos. Diante do picadeiro tão acostumado a demonstrar espetáculos, Ana Luísa Fernandes não fez menos – traduziu, em suas peças, o sentido de um vestir que é como um número de circo – se ensaia, faz do que parece mínimo sumariamente importante ao olhar vibrante que, sentado nas filas, acompanha ávido e detalhista.

Porque não há como não ser: das cores, que abraçam vermelhos, marrons, brancos, amarelos, off-white e marinhos, são feitas roupas num trabalho que explora cada um dos movimentos e traz o lúdico sem desenhar em si caricatura qualquer. Ele surge nos códigos, mas para ser possível – para ser vívido e vivido. Malabares que equilibram o real e a inspiração. São camadas que vestem assim como a gola que o pierrô usa para seduzir a colombina.

Nos bordados de contas que formam xadrezes, com miçangas em vidro formando como que um nariz de palhaço em 3D, nos trabalhos drapeados, nos volumes e em cada movimento – para além de um ensaio, uma certeza. O bem feito, aqui, vem mais uma vez se encontrar com um enredo que encanta pelas suas palavras, mas muito mais pelo seu pensamento.

As roupas com vida! As roupas da vida.

E começou mais uma temporada da São Paulo Fashion Week.

SPFW N59 :: Para a ALUF, o lúdico se sente
SPFW N59 :: Para a ALUF, o lúdico se sente
SPFW N59 :: Para a ALUF, o lúdico se sente
SPFW N59 :: Para a ALUF, o lúdico se sente
SPFW N59 :: Para a ALUF, o lúdico se sente

Imagens: Marcos, The Creator, para o Arlindo Grund.

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