Por Arlindo Grund e Lari Mariano
Nomeada “Meticulosa construção: do perfeito ao imperfeito”, a coleção faz, verdadeiramente, compreender o que importa. Leve, repleta de códigos que são parte do DNA da marca e com foco no presente — se fosse possível definir em poucas palavras.
Mas, dentro do minimalismo, olhar para uma coleção que valoriza imperfeições é saber sobre leveza: que fica claro nas cores calmas que, quando envoltas pelo preto, ganham movimento e brilho, nada pesa.
No mergulho cultural asiático que é feito, não parece haver pressa de existir de determinada forma. Na passarela, o tempo respeita a passagem daquilo que o materializa de alguma forma. Nas modelagens mais soltas, exatamente vívidas e que exploram as camadas de possibilidade, tal como as sobreposições de saias, calças e blusas mais longas.
Para pertencimento e olhar atento. É sobre o que basta sem exceder — e, assim, mais uma vez, abre espaço ao poético para explicar.
Fotos: Ze Takahashi/ Marcelo Soubhia/ @agfotosite.