Por Arlindo Grund e Lari Mariano
Fazeres e saberes manuais que ampliam o significado de artesanal: é sobre o feito à mão, o cuidado e o afeto interpretados por 12 estilistas.
Para Adriana Meira, uma homenagem à avó, com resgates ancestrais e sobreposições. Para o Ateliê Mão de Mãe, o crochê é sempre um ponto alto e fundamental. Já no olhar da Catarina Mina, direto do Ceará, uma técnica ancestral de renda: bilro. Com David Lee, até blazer e calça ganham crochê, inspirado na flor de algodão.
Desabrochar. É o que Heloísa Faria faz ao trazer seu DNA em suas franjas de movimento. No olhar de Igor Dadona, seu quadriculado é revisto e ganha novo corpo. Para João Pimenta, os volumes mais dramáticos podem remeter a uma flor.
Na Martins, ícones clássicos da marca: sobrepor texturas e mixar, com o patchwork. Para Ronaldo Silvestre, construções inteiras a partir de transformações. Para a Thear, da goiana Theodora, os ares do cerrado e o cuidar do espaço e da vida movem o tecer desta história. Com Walério Araújo, os detalhes: babados, bordados e dramaticidade. Para Weider Silveiro, compreender ancestralidade e minimalismo.
Afeto, como já foi dito muitas vezes, como verbo. Mas, dessa vez, em se deixar afetar.
Fotos: Ze Takahashi / @agfotosite.