Por Arlindo Grund e Lari Mariano
O futuro não se desgarra do passado que o criou. Nem das referências fortes, nem dos pilares que nos colocam em pé. É com esse olhar que o resgate funciona: ainda estamos na construção desse futuro que queremos ver.
E, para Cíntia Félix, ele tem tons vibrantes, estampas, neon, babados. Em suma, ele tem expressividade particular, corpos diversos e existências de múltiplos referenciais, que passam pela história e pela atualidade.
Com resíduos têxteis, as criações são todas pensadas para durar. Elas irão até o futuro que se propõe – e começa – hoje. Aqui, é mais sobre corpos, sua pluralidade e como devemos olhar com respeito para o outro. Sua teoria casa bem com a concretização de suas ideias. O desfile foi coerente do começo ao fim.
Desde o ensaio até a apresentação, a estilista manteve sua energia contagiante. E se você tiver a oportunidade de abraçar a Cíntia como eu, Arlindo, fiz, não deixe de ter essa troca de energias. Ela é isso mesmo: força e ancestralidade.
Fotos: Divulgação/ Marcelo Soubhia/ Agência Fotosite.