Por Arlindo Grund
Curar. Recuperar gradativamente a força e o vigor. A título de significado, isto é convalescência. E cura, o estágio de ápice, é o que Luiz Cláudio Silva traz em continuidade nesta coleção. Depois de duas edições sobre o estar dentro de casa, os ângulos mudam: vemos de um novo ponto.
Plantas ganham função de roupas como em outros tempos. Mas aqui o adorno fala mais alto e as composições deixavam a cabeça de quem assistia a apresentação inquieta e surpresa com o pensamento de “o que será que vem agora?”. Folhas em formas de top – um trabalho de desconstrução e reconstrução.
O de curar. O branco, facilmente associado a esse fim, traz consigo plantas que marcam sua presença. Nos tons vibrantes de neon, o sentido de retomada. Na palha natural, a reconexão. Nas estampas feitas à mão, poesia e reza. Cada qual com sua forma de curar, mas todos caminham num mesmo sentido para um propósito. Um desfile cheio de memórias e impressões de um novo tempo. De vida. De amor.
Fotos: Reprodução/ Instagram/ Zé Takahashi/ Fotosite.