Por Arlindo Grund e Lari Mariano
Profundidade, conexão e criação. Fechando a edição de número 51 da SPFW, Flavia Aranha traz, sob seu olhar sustentável e natural, um trabalho de pensar raízes. Como é que nós podemos nos conectar ao que a moda essencialmente é?
Flavia constrói a coleção apresentada em seu filme, Sopro, a partir de retalhos de coleções anteriores, trazendo a construção de uma história pautada em afetos, em particularidades e completamente em comunhão com aquilo que é totalmente natural: toda a matéria-prima, os tingimentos e até mesmo a maquiagem se extrai da singeleza de recursos como sementes e cascas.
E, se assim são para confeccionar, a moda de Flavia quer nos descascar do desnecessário. É para refletir e voltar ao essencial. Ao respeito ao tempo: de quem faz, do que é feito, do processo. Mas também do nascer, dos cuidados que nos constroem e de como partimos a partir deles. Precisa ser leve — assim como cada uma dessas propostas traduz em forma física. É de dentro para fora. Sempre.
Fotos: Divulgação/ Mariana Caldas.