Por Leticia Santhana
Aproveitamos nossa visita ao backstage da Cotton Project aqui no SPFW para uma rápida conversa com Rafael Varandas, diretor criativo da marca. Confira:
Agrund: Como funciona o processo criativo de vocês?
Rafael Varandas: Os temas sempre tem muito da nossa história de vida. Vamos coletando referências a partir de cada fase e da nossa vivência. Agora, que resolvemos falar sobre escalada, eu fui escalar pra poder entender um pouco mais do universo. Assim, a gente não faz a besteira de explorar um tema que não sabe nada, como outras marcas fazem.
A: Quais as vantagens e desvantagens de ter uma marca que cresceu durante a era digital?
RV: A vantagem e a desvantagem é a mesma: a gente nunca soube fazer de outro modo. Hoje não existe a possibilidade de uma marca não ter Instagram, mas nem sempre foi assim. Antes existia a dúvida de se era cool ou não uma marca ter uma rede social que é puramente pessoal, que as pessoas se intrometem na vida dos outros – coisa que eu nem acho legal. Mas foi o que aconteceu. A gente tem algumas vantagens. Mas, o tempo passa. Então, hoje tem uma molecada no Youtube que eu não faço a mínima ideia do que seja. Então, a gente ganha em uns lugares e perde em outros.
A: A Cotton foi uma das pioneiras quando o assunto é collab no Brasil. Como vocês enxergam a força que as parcerias tem hoje?
RV: Hoje em dia a gente tá repensando o funcionamento das collabs. A gente acha interessante mas, ao mesmo tempo, é um formato que a gente já faz há cinco anos. Agora queremos saber qual a evolução desse formato. Porque collab por collab não tem mais novidade. Agora é entender qual é a nova collab porque se não vira só mais um.
Foto: Ivam Stamato.