Por Arlindo Grund e Larissa Mariano. Edição de Rafaela Piovezani
Numa atualidade artística, João Pimenta fala, em sua apresentação, sobre “2020, o ano em que paramos de respirar”. Fala dos tempos de proteção, de se prevenir: máscaras, luvas e camadas de roupas que nos protegem, como definição própria, do que é o espírito desse tempo.
“A moda tem que se reaproximar da arte”, é no que João acredita ao trazer uma coleção expressiva, com seus modelos completamente mascarados e cobertos. Aqui, os tecidos passam pela alfaiataria, pelas linhas mais retas, mais firmes. As formas amplas tinham como base uma alfaiataria pensada para estar ali. E a mistura de tecidos mais clássicos, sob a ótica do estilista, cria uma imagem diferente do universo que estamos acostumados.
Ao mesmo tempo, lê-se um contraponto que, poeticamente falando, aparece nas rendas, babados e mangas volumosas: uma inspiração bem gregoriana. Os máxi spikes parecem querer afugentar qualquer coisa, até mesmo um vírus mortal. A tudo isso adicione um toque esportivo e confortável: moda para se expressar e para contar nos detalhes.
Imagens: Divulgação.
Revisão: Kiki Marinho.