Valdemar Iódice buscou inspiração na cultura bahiana para o verão 2016 da marca que leva seu sobrenome. Mas o resultado na passarela passou longe do óbvio: com exceção dos turbantes presos aos óculos (referência mais perto do literal, ainda que flertando com o futurismo lado a lado com os sapatos de tirar o folêgo), o estilista reinventou a chita por meio de estampas florais e abusou dos tons terrosos e dos verdes para fazer link com o nordeste brasileiro. Os laços, elemento que foi destaque no quarto dia de SP Fashion Week, apareceu em diversos tamanhos feitos na moulage, enquanto que as texturas são o ponto forte dessa coleção evidenciando principalmente a renda no efeito “mergulho” – resultado batizado pelo agrund.com a partir da combinação dessa matéria-prima em versões vazadas mais abertas usadas sobre forros de paetês que conferiram um brilho novo e atual aos vestidos ultrafemininos do fim do desfile.
Imagens: Ivan Stein