Por Arlindo Grund
Mais uma vez a marca de Hillary Taymour chama atenção pelo seu teor criativo e provocativo mas, acima de tudo, inclusivo. Quando a marca Collina Strada apareceu na semana de moda de Nova Iorque chamou atenção pela sua capacidade autoral de criar roupas, incluindo, aí, técnicas de upcycling. Subverter a moda e mostrar que ela pode vestir corpos de maneiras diferenciadas com um toque de ousadia também se junta a tudo isso. A concretização dessas frases está exatamente nesse desfile. Um floral aparece misturado a texturas e tecidos diferenciados como a organza. O que temos como resultado é a construção de uma imagem impactante com ares dos hippies dos anos 70, mas que transita naturalmente em qualquer tempo de ontem, hoje e porque não do futuro. Uma moda atemporal.
Mais uma vez, sua apresentação reforça também o conceito de uma moda sem gênero. Apenas baseada nas escolhas individuais. Na passarela, Aaron Philip ativista, modelo, trans e uma potente voz na moda inclusiva desfila com força e uma atitude que impressiona. Tudo coerente e de acordo com o script do show.
Imagens: Reprodução/Daniele Oberrausch. Gorunway.com.