NYFW Verão 2016 :: Givenchy, Riccardo Tisci, Marina Abramovic e 11/09, tudo junto e bem elaborado

Por Arlindo Grund

O 11 de setembro, sem dúvida alguma, é uma data em que os americanos param! Aliás, o mundo para. A reflexão é o mote de tudo nesse dia. O quão é importante a vida, mas a vida com tolerância, sem diferenças, mesmo que cada um fale a sua língua e tenha a sua crença. O amor e a convivência harmônica devem sempre prevalecer. Pensando em chamar mais atenção para o 14º “aniversário” dos ataques aos EUA, a artista Marina Abramovic foi escalada por Riccardo Tisci para criar uma performance e ambientar o desfile que comemoraria seus 10 anos à frente de uma grande marca de luxo.
E foi exatamente assim que o desfile da Givenchy Verão 2016 aconteceu no Pier 26, em Nova York. Mais de 1000 pessoas, entre convidados célebres da moda, do cinema, da música, além, é claro, muitos fãs e amigos do estilista que tumultuavam a região. A apresentação em NY também reforçou a abertura de uma loja da marca na cidade. Assim, tudo foi feito em grande estilo e bom gosto. Dez anos de Tisci à frente da Givenchy, abertura da loja em NY e uma bela performance brindada com o pôr do sol e levando as pessoas a entender o verdadeiro sentido do que é viver.

Na passarela, uma releitura das peças icônicas que fizeram com que os estilista alavancasse as vendas em mais de 100% e deixando mais uma vez o nome Givenchy sendo pronunciado pelas bocas mais importantes e influentes do mundo da moda, do rock e onde mais estrelas houver. Mix de texturas com transparências, rendas, romantismo, tudo junto em vestidos sobre calças, em sobreposições bem diferentes. O esportivo que trouxe o público mais jovem para junto da marca também se fez presente nos tecidos vazados e mais tecnológicos. E, por fim, a completa ausência de gênero, que é uma forte tendência em grandes marcas. Roupas que podem ser usadas por qualquer pessoa, independentemente do sexo escrito na carteira de identidade ou no registro. Bem, chega de ‘fala fala’ e vamos ao desfile feminino. O masculino também merece um texto à parte!