Por Arlindo Grund.
É fato que diante dos últimos acontecimentos – de mercado, de bolsa de valores, de criação mesmo – as atenções estão voltadas para a Gucci. O que mais se pergunta é se a marca conseguirá superar esse momento que atravessa. Sem diretor criativo, a coleção inverno 2025 apresentada na Semana de Moda de Milão tem seu valor. A equipe colocou na passarela aquilo que eles acreditam como uma Gucci nova, que mistura códigos e influências da própria marca ao longo dessas décadas.
Assim como aconteceu em Londres com algumas marcas, parece que a pele, mesmo falsa, aponta um caminho não muito bom para a moda. Como falei, isso é um incentivo às práticas que a própria moda já combate, ou tenta combater há anos. Pele de animais, não!
Aqui parece que o resgate do glamour dos anos 60 norteou as produções. As combinações revelavam cores nada óbvias como o roxo e pistache, dentro do universo da marca. As coleções masculina e feminina apareceram juntas, mas percebe-se bem a diferença.
A alfaiataria vem confortável, mas com sofisticação. O veludo desponta como um tecido que já aparece em várias apresentações. Alerta! No mais, um desfile que evoca todo o DNA de uma Gucci que nada contra a correnteza para voltar ao topo das mais desejadas.




Imagens: Divulgação. Isidore Montag/Gorunway.com.