Por Arlindo Grund
O fato da moda se apropriar das linhas esportivas para criar roupas de luxo já não impressiona. O que deixa o mundo da moda ainda surpreso são as releituras que alguns estilistas fazem sobre o tema. Foi o que a estilista inglesa Astrid Andersen fez como ninguém. O esporte fino, o esporte chic, não aquele que vem escrito no convite, mas, sim, roupas que saíram das ruas e ganharam tecidos nobres, com tecnologia de ponta e, acima de tudo, com uma modelagem contemporânea. A praticidade está no DNA esportivo. Então, peças usáveis e com um toque de real apareceram na passarela inverno 2016 AA. As sobreposições típicas do inverno vieram inspiradas nos ringues de luta ou pistas de esqui, enquanto que a jardineira e o macacão transitaram livremente nesse cenário – e sem ser peixe fora d´agua. A cartela de cinza, verdes e um tom mais calmo de azul se misturava a um reflexível bronze concretizado em jaquetas e calças de moletons. A brincadeira com proporção – ou a falta dela – também apareceu nas mangas longas ou nos tricôs curtos. Já a modelagem busca a essência no conforto. Destaque para uma renda que romantizou o lutador de boxe e que trouxe mais delicadeza à apresentação. E, também, para os tênis mostrados, que daqui a pouco serão vistos nos pés dos mais descolados de Londres e dos antenados pelo mundo!
Imagens: Reprodução.