Por Arlindo Grund
Parece que a Burberry está se movimentando. Parece! O seu diretor criativo Daniel Lee está à frente das coleções que tem como objetivo resgatar um público que já consumiu a clássica marca inglesa.
Tarefa nada fácil, considerando as mudanças de comportamento do consumidor e de mercado. O fato é que mais do que nunca os (novos) compradores estão ávidos por uma Burberry que ninguém conhece. Os clássicos já acham vanguarda demais. Os jovens ainda não digeriram os preços que a marca começou a praticar no pós pandemia.
E qual o resultado dessa equação? Para Daniel Lee é o resgate da historia da marca mixada à contemporaneidade que a moda pede.
Mas não foi sempre assim? Foi, mas com a exigência maior de quem compra, não é só fazer roupa bonita.
Laços, sobretudo grandes, desestruturados, se misturando com peças trabalhas e bordadas. Uma composição que, na moda, se chama de hi-low, mas que, aqui, é hi-hi (alto-alto). Lembra um pouco o inicio da década de 2010 com essas mistura do leve com o pesado, no bom sentido. A coleção está pontuada com códigos da marca que aparecem de maneira discreta, mas reafirmando seu conceito. Vamos aguardar as cenas comerciais da temporada.
Imagens: Reprodução. Isidore Montag/Gorunway.com