Bandas fora de seu tempo fashion

“Tribo” já se tornou um palavra popular para definir certos grupos que têm uma atitude em comum, e é superusada ao falar-se de moda e de música mais do que de qualquer outra coisa. Acho que isso acontece porque, principalmente nesses meios, é muito comum aparecerem duas ou três tendências ao mesmo tempo e todo mundo seguir uma delas, no mínimo.

E hoje, quando li que os Scissor Sisters vão tocar em São Paulo esta semana, me lembrei de um fenômeno super raro: os sem-tribo. Explico: alguns artistas, ao longo do tempo, ousaram seguir um caminho único, em um momento onde o que estava rolando, na moda e na música, era completamente diferente. Sozinhos em um mar de tendências. Esses eu chamo de sem-tribo, e os Scissor Sisters são membros desse grupo que não é um grupo.

A banda foi criada em 2001, fazendo um glam rock a la eighties e usando roupas coloridas, brilhantes e colantes que remetem à era da disco music, no final dos anos setenta. Uma salada de estilos divertidíssima que alimentava o povo que não queria ouvir o eletrônico que dominava o começo do milênio.

Disco dancing?!

Cores fortes, personalidade forte

Outra banda que fugiu das trends fashion e musicais de seu tempo foi a The Darkness. O grupo foi montado na mesma época em que o Scissor Sisters, e em comum eles têm a exuberância. De resto, nada a ver. Saudosos da época do metal “farofa” dos anos oitenta, eles entraram na máquina do tempo e fingiram que lá estavam. Em tudo: som, look, atitude, cabelo. Uma delícia bem-humorada de ver e ouvir. Dá uma olhada:

Couro delícia (olha o make!!!!)

Rawrrrrrrr!

Por fim, não posso deixar de falar de uma das minhas bandas preferidas de todos os tempos, mais um exemplo dos sem-tribo: os Black Crowes. Surgidos no início dos anos 90, o grupo dos irmãos Robinson antecipou a volta dos seventies e, enquanto todo mundo tocava grunge, faziam (divinamente) um som tão lisérgico quanto suas roupas. Confira o estilo: