Por Letícia Santana
Pela segunda vez apresentando uma coleção feminina, João Pimenta encerrou os desfiles desta segunda (22). O mineiro se inspirou nas raízes do Brasil, tema que constantemente revisita, porém, dessa vez, se aprofundou ao criar uma narrativa sobre o racismo. Com um casting inteiro negro ou indígena (com exceção da atriz Camila Queiroz), a apresentação construiu uma “índia urbana”, como o próprio definiu. “Fui buscar nossa raíz, cavar a nossa brasilidade e a natureza. Se não dermos visibilidade a essas heranças de nossa costura, elas vão desaparecer”, contou o estilista à Folha.
Ao som de Carlinhos Brown, as estampas gráficas, malha de algodão, técnica de patchwork e o tribal marcaram a passarela. Algumas das peças apresentadas foram fruto de um trabalho de Pimenta com famílias de uma comunidade de seringueiros durante uma viagem para a Amazônia. “Estamos vivendo tempos estranhos e a moda tem o dever de estar ligada de alguma forma a questões sociais e deve mostrar que acordou para os problemas do país”, afirmou. A moda, como um reflexo do comportamento da sociedade, e a política são indissociáveis. De forma sutil e poética, João Pimenta provou isso.

A passarela negra e indígena de João Pimenta

A passarela negra e indígena de João Pimenta

A passarela negra e indígena de João Pimenta

A passarela negra e indígena de João Pimenta

A passarela negra e indígena de João Pimenta

A passarela negra e indígena de João Pimenta

A passarela negra e indígena de João Pimenta

A passarela negra e indígena de João Pimenta

A passarela negra e indígena de João Pimenta
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Fotos: Divulgação/ Agência Fotosite.