Mais do que moda!

57ª Casa de Criadores :: Dia 4

Por Arlindo Grund e @larimariano

É ancestral feito de afeto. É do seio familiar e das memórias da avó que embalam tudo o que há neste abrir de caminhos do quarto dia para a Nalimo, marca de Day Molina. Tudo é leve, cheio de texturas, calmo. Brancos e off-whites levam trançados, aplicações, alfaiatarias e bordados que fazem seu traçar em sua melhor tradução. Do antes ao hoje muito se diz pelo que não precisa falar.

Nalimo
Nalimo
Nalimo
Nalimo
Nalimo
Nalimo

É também da ancestralidade e conexão interna, de olhar para se refazer que traz a Berimbau Brasil. Nessa proposta de Sandro Freitas, destaque para as cores vibrantes, para as estampas que vêm com força tamanha e para os recortes, assimetrias e texturas que tornam possível um expressar a partir do caminho de acolher o possível e também saber iluminar o que virá.

Berimbau Brasil
Berimbau Brasil
Berimbau Brasil
Berimbau Brasil
Berimbau Brasil

A luz de intensa e imensa alegria é o que sabe fazer Marisa Moura ao trazer “Memórias Afetivas” para as passarelas da Casa de Criadores. O fazer à mão, a artesania que passa de geração em geração e vibra no coletivo — é de viver e de vivência as rendas, os tingimentos, os bordados, os volumes, as texturas que dão pra sentir e que brilham a partir dos verdadeiros protagonistas: quem faz.

Marisa Moura
Marisa Moura
Marisa Moura
Marisa Moura
Marisa Moura

Também num mergulho íntimo, mas para ressignificar os medos do passado, Sillas Filgueira traz à vida Monstros, com brilhos, pelúcia e criaturinhas que, apesar de representar o que deve passar, têm o aspecto do carinho. Drapeados, comprimentos curtos e tons pastéis também trazem uma infância que mostra seu poder de ir adiante.

Sillas Filgueira
Sillas Filgueira
Sillas Filgueira
Sillas Filgueira
Sillas Filgueira

Para Kaio Martins, da Koia, o momento é de abraçar o festejar com um gracejo quase clássico, mas com olhar autêntico. Aqui, muito volume, estrutura, mangas bufantes, ombreiras e tudo muito, para esculpir e celebrar o corpo em cada curva com uma sensualidade que nunca deixa de ser presente.

Koia
Koia
Koia
Koia
Koia

Já no olhar da FKawallys, a ideia foi provar que a estética punk também pode ganhar o verão. Comprimentos mais curtos, interferências, tachas, correntes e pinturas também trouxeram pele e uma presença calorosa e com um quê de norte — exatamente como o verão precisa ser!

FKawallys
FKawallys
FKawallys
FKawallys
FKawallys

Para encerrar a noite, Fábia Bercsek traz a tecnologia para a passarela. Inspirada no computador AMIGA dos anos 80, o metalizado, as texturas e o brilho vêm estruturados, mas não contidos. Iluminar o que é conceito mas também fala de continuidade. De um mundo de hoje que, tão de afastar, ainda precisa do afeto por tradução constante!

Fábia Bercsek
Fábia Bercsek
Fábia Bercsek
Fábia Bercsek
Fábia Bercsek

Fotos: Marcelo Soubhia/ @agfotosite.

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