Por Arlindo Grund e @larimariano
Tudo pausa. Passa. Mas a sensação que fica é de abrir espaço. De parecer recompreender um olhar artístico que, na moda que faz Fábia Bercsek, é vibrante. No sentido que a palavra ganha quando a gente passa a falar de conexão.
Vem primeiro uma leveza quase descompromissada, que é, para a passarela, só o movimento puro. As peças, do branco, vão ganhando vivacidades, estampas, experimentações que não são tão somente atreladas umas às outras – contam juntas histórias de possibilidade. Recortes ousados parecem revelar um pouco mais do que se queira contar em cada peça, enquanto tons vivos não gritem, mas ressoem uma mensagem clara: moda exprime. Como a gente quase sempre diz aqui, sem precisar palavra. Mas, agora, acrescido de dizer que precisando de contexto. Do sentir e dos sentidos que cada um vier a ser.
Fotos: Marcelo Soubhia/ @agfotosite.