Por Rafa Piovezani
O Agrund.com marcou presença no primeiro dia de desfiles da 46ª Casa de Criadores e agora conta tudo o que rolou para vocês. Quer saber um pouco mais do que cada uma das marcas levou para a passarela? Confira:
Rober Dognani
Rober Dognani abriu esta edição da Casa de Criadores com um desfile performático. Sua coleção teve como inspiração a Elloanigena, uma clubber dos anos noventa que marcou uma geração da noite paulistana, então a montação não podia ficar de fora.
Na passarela, drags, clubbers e travestis desfilaram com muito mais do que perucas e looks extravagantes, mas com atitudes e estilos únicos.
Cho.Project
“Naneun eobu” ou “Eu pescador” é uma coleção que celebra a essência das famílias, homens e mulheres, que são diretamente influenciadas pelas marés e pela vida marinha. As memórias da estilista Cho sobre o mercado de peixes se tornaram desenhos, shapes e roupas.
Os looks monocromáticos em tons off-white, vermelho, marinho e marrom brincavam com a alfaiataria, as silhuetas oversized, amarrações e franzidos, ornamentados com grandes anzóis e redes de pesca.
Alex Kazuo
A alfaiataria, a leveza e a monocromia tomaram conta da passarela de Alex Kazuo, mas não pensem que as modelagens eram óbvias. O estilista soube trabalhar a fluidez de alguns tecidos através de um trabalho de moulage incrível, enquanto as sobreposição e assimetrias de outros mais encorpados deram vida à alfaiataria moderna e desconstruída.
Jorge Feitosa
Sentir-se pressionado por uma ideia, a ponto de ser anulado, foi a reflexão que deu origem a coleção Inverno 2020 de Jorge Feitosa. O estilista, responsável pela concepção, desenho, modelagem e costura de todas as peças, levou para a passarela a ideia de que os sentimentos precisam sair das cápsulas em que estão aprisionados, acreditando que a mudança e a mobilidade mostram a nossa evolução.
Casacos oversized, shorts, bermudas, moletons e jaquetas ganharam estampas gráficas, trabalho de plissado e muitos bolsos, assim como pede o utilitarismo que está em alta no mundo da moda.
Weider Silveiro
Para sua coleção de inverno 2020, Weider Silveiro buscou inspiração e culturas diferentes, mais precisamente na alfaiataria inglesa e nas vestes e ornamentos africanos, as quais se misturam a uma imagem de moda moderna e confortável.
Peças fluidas, super femininas e, por vezes, até oversized ganharam uma estamparia floral, com direito a um mix de flores em malha, além dos jacquards, sarjas e algodão.
Martins
‘Pausa’ foi o tema da nova coleção da Martins, na qual foram abordadas as mudanças, os términos e os recomeços. Soa até poético, não é mesmo?
Os tecidos escolhidos trazer conforto a quem os veste, sensação que também se repete em algumas modelagens que parecem ‘abraçar’ o corpo dos modelos. Não foi à toa que o matelassê, normalmente utilizado nas colchas, esteve presente na coleção.
A cartela de cores clean e sóbria contou com o preto, branco, off-white, cinza, azul marinho e bege.
Fotos: Divulgação/ Agência Fotosite.